Ficção Cristã X Evangélicos

Olá, queridos. Tudo bem com vocês?

Não costumo expressar minha opinião sobre temas polêmicos nas redes sociais porque é muito desgastante. Sempre aparece um fulano de tal mais entendido, mais “sabidão”, mais dono da verdade, enfim... Mas dessa vez, decidi falar pois é sobre uma questão que me tira do sério.

Recentemente estive lendo verdadeiros absurdos a respeito do livro/filme A Cabana. Como fã de William P. Young claro que fiquei chateada, mas a questão vai muito além. Ao analisar os comentários de pessoas se achando mais santas do que todo mundo, não pude deixar de perceber o ódio e desrespeito evidente em cada manifestação. Que espécie de santidade é essa?

E foi então que decidi escrever esse post, porque como escritora (e evangélica) também me senti desrespeitada.

Lembrando que eu escrevo de tudo um pouco dentro do gênero romance. Sem abrir mão dos meus princípios, claro, escrevo auto-ajuda, romance de banca, romance cristão, romance com toque de fantasia, romance policial, biografia romanceada... E por aí vai.

Mas a questão hoje é ROMANCE CRISTÃO X EVANGÉLICOS.

Sabe por que ficção cristã não vende no Brasil? Não é lida? Não é divulgada? Porque na grande maioria das vezes são os próprios cristãos (os evangélicos principalmente) os primeiros a apontar o dedo, a criticar, a ser contra, a alegar que é errado.

Minha opinião, ok?

1 - Não é errado! Não é pecado!

O próprio Jesus ensinava por meio de parábolas. O que é parábola?

Segundo o dicionário, parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia.

2 – O objetivo de todo escritor de ficção cristã é levar uma mensagem de fé, levar Jesus, disseminar nossos princípios nas entrelinhas das nossas histórias, tudo isso em forma de entretenimento. Hello!!! Que mal há nisso, gente? Quem disse que a literatura cristã tem que ser só no gênero auto-ajuda? Seria o mesmo que dizer que só podemos louvar a Deus com canções no estilo canto gregoriano, ou à capela! E o rock, sertanejo, reggae, hip-hop?

3- Os nossos jovens buscam entretenimento, isso é inegável. Então por que não podemos oferecer um entretenimento sadio na literatura também?

Será que você prefere que eles leiam histórias que induzem à violência, ao machismo, à promiscuidade ou prefere que leiam (por prazer) algo que sutilmente vá levá-los a refletir sobre várias áreas de sua vida?

E ao dizer isso não estou criticando os outros gêneros. Há verdadeiros tesouros literários em TODOS os gêneros. Só acho que nossos leitores cristãos também merecem algo escrito exclusivamente para eles.

Não podemos fechar os olhos para essa questão. Os tempos mudaram, a tecnologia evoluiu e isso meche com o ser humano.

Esses dias ouvi um pregador criticar os jovens que leem a Bíblia em aplicativos de celular. Na opinião dele a Bíblia deve ser folheada. NÃO CONCORDO E NUNCA VOU CONCORDAR! O que importa é o conteúdo, ponto-final. Não interessa se você lê em papel, no formato digital, em braile, escrito numa pedra ou em outro lugar qualquer.

Enfim, acho que algumas pessoas estão tão preocupadas com rótulos, com regras inventadas pelos homens que se esquecem dos verdadeiros mandamentos que Deus nos deixou.

Nasci com o dom da escrita e vou usá-la para o bem. Vou levar Jesus sim através dos meus livros (entenda que estou falando de levar Jesus e seu amor, jamais religião).

E quando minha vida findar aqui na terra quero ter a honra de chegar no céu e dizer a Deus que não enterrei os talentos que me foram dados.

Deixo aqui o meu apelo, apoie a literatura cristã. Romances católicos e espíritas são vendidos aos montes no Brasil, vamos fazer isso acontecer com os romances evangélicos também. Vamos fazer a diferença!

Um beijo e até a próxima!